Impulsionada pela Copa do Mundo e pela proximidade das festas de fim de ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil avançou 1,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, e chegou a 89 pontos. É o maior patamar desde o início da pandemia de Covid-19.

O resultado foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira (21). No mesmo mês do ano passado, o indicador registrava 73,4 pontos.

Segundo a CNC, o setor acelera desde julho. O resultado positivo em novembro foi puxado principalmente pela intenção de compra dos brasileiros para a Copa do Mundo 2022, que acontece no Catar, e teve início neste domingo (20).

De acordo com o levantamento, 36% dos consumidores pretendem adquirir produtos relacionados ao mundial de futebol, como as camisetas da Seleção Brasileira, resultado 12 p.p. acima da Copa de 2018. A expectativa é da movimentação de R$ 1,5 bilhão no varejo.

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A população do Maranhão é a que mais deve consumir itens relacionados à Copa do Mundo, segundo a pesquisa. Já os brasileiros de Santa Catarina são os que menos devem gastar com os produtos. O ticket médio no Brasil gira em torno de R$ 211.

O estudo mostra que 14,9% devem adquirir roupas; 14,6% focam em alimentos e bebidas para consumir em casa; já 3,8% pretendem comprar televisores. Mais de 54% devem pagar à vista, enquanto 43,6% projetam parcelar, aumento de 7,2 p.p. em relação a 2018.

Além da Copa, as festas de fim de ano também aumentam a expectativa do consumo das famílias brasileiras em novembro, desde a Black Friday até o Natal. Por isso, o índice que mais cresceu em novembro foi o de Nível de Consumo Atual, com uma alta de 3,1% no mês (73,8 pontos).

No caso da Black Friday, os consumidores avaliam que o cenário é melhor para a aquisição de bens duráveis. A data é conhecida pelo foco na venda de eletrônicos e eletrodomésticos pela internet.

A percepção sobre a renda pelos brasileiros também melhorou em novembro e cresceu 1%, segundo o estudo da CNC. A categoria registrou 103,8 pontos, acima do patamar positivo de 100 pelo segundo mês seguido, o que não ocorria desde março de 2020.

“A inflação mais moderada nos últimos meses, a contínua geração de vagas de trabalho formal e as maiores transferências de renda na reta final de 2022 também explicam o novo aumento da intenção de consumir das famílias”, diz o levantamento.

Mais sensíveis às variações da inflação, com a queda do índice, as famílias com um faturamento de até dez salários mínimos registraram o maior aumento da intenção de consumir em novembro. O grupo registrou uma alta mensal de 1,3% (85,5 pontos), contra 1% de crescimento para as famílias que recebem mais de dez salários mínimos (106,1 pontos).

Este conteúdo foi originalmente publicado em Intenção de consumo das famílias tem maior patamar desde início da pandemia, diz CNC no site CNN Brasil.

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