A Adidas encerrou sua parceria de tênis com Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, no mês passado após o discurso antissemita do músico. Mas a marca esportiva continuará a vender a lucrativa linha de tênis e vestuário despojada do nome e da marca Yeezy.
A empresa disse que é a única proprietária de todos os direitos de design da linha Yeezy para cores e versões existentes e futuras. A venda dos tênis sob a marca própria da Adidas economizará à empresa cerca de US$ 300 milhões em pagamentos de royalties e taxas de marketing.
“No futuro, alavancaremos o estoque existente com os planos exatos sendo desenvolvidos enquanto falamos”, disse o chefe financeiro da Adidas na quarta-feira (8), Harm Ohlmeyer.
A linha Yeezy foi um produto chave para a Adidas e as separação prejudicou a empresa.
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Os produtos da Yeezy geraram quase US$ 2 bilhões em vendas no ano passado para a Adidas, respondendo por 8% das vendas totais da empresa, segundo o Morgan Stanley.
A linha também ajudou a Adidas a obter espaço nas prateleiras dos grandes varejistas e trouxe novos clientes para as lojas que compraram outras mercadorias da Adidas.
O término da parceria custou à Adidas mais de US$ 250 milhões em lucro e US$ 500 milhões em receita perdida, informou a empresa na quarta-feira.
Na terça-feira, a Adidas disse que estava nomeando um novo CEO, escolhendo o chefe da Puma para suceder o ex-CEO Kasper Rorsted.
O norueguês Bjørn Gulden, 57, se tornará CEO da Adidas no próximo ano. Ele terá que encontrar maneiras de substituir as vendas da Yeezy e reverter a marca. As ações da Adidas caíram cerca de 80% nos últimos dois anos.
Seria um erro para a Adidas continuar vendendo a linha, disse Darcey Jupp, analista de vestuário da GlobalData.
“Ele deve se abster de relançar itens com sua própria marca, pois sempre serão sinônimos da West, e isso provavelmente resultaria em uma demanda silenciosa dos clientes”, disse ele em nota aos clientes.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Adidas diz que continua vendendo tênis de Kanye West, mas sem o nome Yeezy no site CNN Brasil.
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