Há menos de 15 dias das eleições, o ministro da Economia, Paulo Guedes pediu a representantes do setor de supermercados que não acreditem no que chamou de “narrativas políticas”. A expressão foi repetida por Guedes ao menos cinco vezes, em palestra virtual durante a convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), realizada nesta terça-feira (20), em Campinas, no interior de São Paulo.
O ministro disse que parte das “narrativas políticas” vem de militância, que de acordo com ele, está “apedrejando o Governo desde o primeiro dia” e descredenciando a economia brasileira. “Acreditem nos fatos econômicos, não nas narrativas políticas. As narrativas políticas são de que o Brasil está sem rumo, com populismo fiscal, sem perspectiva de crescimento para o ano que vem”, disse.
O ministro ainda comparou a condição em que o governo brasileiro estava, quando a gestão de Jair Bolsonaro assumiu o Palácio do Planalto, com a situação atual de países da América Latina. “A América Latina está desmanchando sob os governos de esquerda, como o Brasil estava desmanchando quando nós chegamos aqui e encontramos um governo quebrado”.
Acordos internacionais
Paulo Guedes também discorreu sobre medidas comandadas por sua pasta, na política internacional. Ele disse que o Brasil é o “porto seguro de investimentos do mundo inteiro” e afirmou que o governo brasileiro se prepara para selar um acordo com a Polônia para eliminar a bitributação entre os países. O governo pretende firmar o mesmo modelo de parceria com o Reino Unido até o fim do ano, antecipou o ministro.
De acordo com Guedes, o Brasil é a uma referência no exterior para investimentos de economia renovável. O ministro falou que o país espera receber uma nova injeção de capital externo, pois é visto como a reserva de segurança energética da Europa, em meio à interrupção de gás natural, causada pela guerra na Ucrânia, além de uma reserva de segurança alimentar do mundo.
Emprego e salários
Durante pouco mais de meia-hora, Paulo Guedes destacou propostas do governo do presidente Jair Bolsonaro, como o Auxílio Emergencial e programas sociais para a criação e manutenção de empregos.
Após traçar um panorama sobre a eficiência atingida pelo governo com a digitalização da máquina pública e a redução do quadro de servidores que se aposentaram, Guedes disse que o salários poderão aumentar, “dentro da responsabilidade fiscal”.
“Poderemos dar aumento de salários moderados e baseados em inflação prospectiva daqui para a frente. Vamos daqui para a frente manter o poder aquisitivo ou até aumentar o poder aquisitivo dos salários”, afirmou.
Guedes também contou que após reunião com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Guatavo Montezano, ficou acertado que até o final do ano, a instituição financeira devolverá entre R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões ao governo, no que o ministro apelidou de “despedalada final”.
Paulo Guedes também também afirmou que o governo pretende privatizar o Porto de Santos ainda neste ano.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Acreditem nos fatos econômicos, não nas narrativas políticas”, diz Guedes no site CNN Brasil.
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