Termina nesta sexta-feira (16) o prazo para participar da audiência pública da B3 sobre práticas ESG — de caráter ambiental, social e de governança, na sigla em inglês.

Desde 17 de agosto, a bolsa brasileira promove uma consulta entre a sociedade para avaliar as novas regras propostas para aumentar a diversidade de gênero e representatividade de grupos minorizados em cargos de alta liderança.

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A ideia é que todas as empresas listadas na B3 elejam ao menos uma mulher e um integrante das chamadas minorias sociais — pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência — em posições de autoridade, seja em conselhos de administração, ou em diretorias estatuárias.

As já listadas na bolsa até o início da vigência das novas regras, esperado para o ano que vem, terão até 2025 para comprovar a eleição do primeiro membro e, em 2026, a do segundo.

Caso não cumpram com a medida, a B3 propõe um mecanismo chamado de “pratique ou explique” — ou seja, empresas que não estiverem em consonância com as novas regras deverão “dar transparência ao mercado sobre as ações adotadas”.

Seguindo a mesma lógica, as empresas que fizerem o IPO após as regras entrarem em vigor terão até dois anos para eleger ambos os membros.

Na visão do especialista Fabricio Stocker, coordenador da Pós-Graduação em Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), o “bem vindo” movimento da B3 segue uma onda internacional.

“Estamos em uma crescente de discussões sobre o conceito de ESG, no qual empresas do mundo inteiro estão tendo que implementar medidas e adotar transparência de gestão para saírem do discurso e entrarem na prática”, diz ele.

“Não é algo novo, tampouco rápido, mas é sinal de que o ESG veio para ficar. A B3, enquanto órgão de regulação que dá diretrizes a grandes empresas, está passando esse recado.”

Segundo informado à reportagem, os próximos passos após o recebimento dos comentários na audiência pública serão de avaliação e elaboração de um texto final, a ser submetido à aprovação dos órgãos internos da B3 e, em seguida, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A expectativa é que, ao final dessas etapas, as novas regras passem a vigorar já no início de 2023. As manifestações recebidas na audiência pública serão publicadas futuramente no site da B3.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Prazo de audiência pública sobre práticas ESG da B3 encerra nesta sexta-feira no site CNN Brasil.

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