O Brasil obteve 84,4 pontos na edição de 2025 do Índice de Desenvolvimento das TICs (IDI), divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). O resultado marca um crescimento frente aos anos anteriores – 82,0 em 2024 e 81,9 em 2023 – e coloca o país acima da média global (78 pontos), da média das Américas (77) e dos países de renda média-alta (81), grupo no qual está classificado. Os números apontam que o país aumentou sua conectividade significativa.

Foto: Freepik

O IDI é construído com base em dois pilares: conectividade universal e conectividade significativa. O Brasil registrou 80,7 pontos no primeiro e 88,0 no segundo. Ambos os valores também superam as respectivas médias regionais – 71 e 84 pontos para as Américas. A pontuação total do Brasil indica um progresso consistente na direção de uma experiência de conectividade digital mais ampla e de melhor qualidade.

O que mede o IDI

O índice da UIT considera dez indicadores que avaliam o acesso à internet de forma acessível, segura e produtiva. Os dados usados na edição de 2025 são majoritariamente de 2023, complementados por informações de 2022 ou estimativas quando necessário.

Ao contrário de outras métricas, o IDI não estabelece ranking entre os países. Segundo a UIT, a proposta é medir o quão próximos os países estão de alcançar a chamada conectividade universal e significativa (Universal and Meaningful Connectivity – UMC), em vez de promover uma competição direta.

A UMC é definida como a condição em que todas as pessoas conseguem acessar a internet quando e onde precisarem, com segurança, qualidade e preços acessíveis. O conceito, formalizado pela UIT, considera que nem todos precisam estar conectados o tempo inteiro, mas que todos devem ter condições para isso sempre que necessário. No caso do Brasil, a UIT apontou aumento justamente deste índice de conectividade significativa.

Avanço global, mas com limitações

A edição de 2025 do índice abrangeu 164 economias, representando 85% dos Estados-Membros da UIT. A pontuação média global foi de 78 pontos, com forte correlação entre o desenvolvimento digital e os níveis gerais de desenvolvimento econômico.

Todos os grupos de renda e regiões registraram melhora, com destaque para o pilar de conectividade significativa, puxado pelo aumento do tráfego móvel e da acessibilidade. O uso da internet e a posse de celular apresentaram menor crescimento. Nas pontuações isoladas, a Europa liderou com média de 91 pontos, seguida pela Comunidade dos Estados Independentes (88), enquanto América Latina, Ásia-Pacífico e Estados Árabes mantiveram índices semelhantes (77 a 80).

A UIT ressalta, contudo, que o IDI ainda não captura aspectos como penetração da banda larga fixa, cobertura 5G, velocidade da internet, habilidades digitais ou segurança online. Segundo o relatório, esses dados poderiam alterar significativamente a percepção de conectividade nos países, inclusive no Brasil.

Nova metodologia até 2026

Esta é a terceira edição do IDI baseada na metodologia reformulada pela UIT em 2023, válida até 2026. Um subgrupo dos Grupos de Especialistas da UIT em indicadores de TICs (EGTI e EGH) está revisando a abordagem atual e deverá propor ajustes para o próximo ciclo, de 2027 a 2030.

A íntegra do relatório pode ser acessada no portal da UIT: ICT Development Index 2025.

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