O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deram início ao processo de reformulação da Pesquisa de Inovação (PINTEC), principal levantamento nacional sobre inovação nas empresas.
A oitava edição da pesquisa será baseada em dados referentes a 2023, 2024 e 2025, com previsão de lançamento em abril de 2026. Com foco em políticas públicas de inovação, a junção entre IBGE e MCTI para retorno do PINTEC ocorre após hiato de quase 10 anos. Projeto poderá subsidiar uso da Lei do Bem. A última edição foi publicada em 2017. Segundo o MCTI, a ausência de dados atualizados compromete a formulação de políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação.
Novo referencial
A nova edição da pesquisa seguirá as diretrizes do Manual de Oslo 2018, referência internacional para estatísticas de inovação. Além disso, será incorporado um grupo de trabalho permanente entre MCTI e IBGE, que definirá o cronograma e supervisionará o desenvolvimento do novo questionário.
Durante oficina realizada na primeira semana de julho, técnicos dos dois órgãos debateram o formato e o conteúdo da pesquisa. O protótipo do novo questionário está previsto para ser submetido à validação em 13 de agosto. Já a próxima reunião do Comitê Diretivo, marcada para 30 de julho, deve apresentar avanços metodológicos e dados preliminares sobre o número de pesquisadores no país — indicador ausente nos últimos anos.
Lei do Bem
Segundo o secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, a retomada da PINTEC é essencial para guiar os investimentos públicos em inovação. “A ausência de informações mais detalhadas sobre investimento, pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil é trágica para a política pública”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Daniel Almeida Filho, destacou que os dados da PINTEC serão utilizados na avaliação de projetos da Lei do Bem, principal instrumento de incentivo fiscal à inovação no setor privado.
A diretora de Governança e Indicadores de C&T do MCTI, Verena Barros, acrescentou que a PINTEC permite a construção de indicadores regionais e setoriais. (Com assessoria de imprensa)
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