A autonomia do Banco Central (BC) tem sido questionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante entrevista à RedeTV! na quinta-feira (2), o petista subiu o tom e disse que vai “esperar esse sujeito terminar o mandato para avaliar o que significou a independência do BC”.

Para discutir as críticas do presidente à autoridade monetária, a CNN realizou um painel neste domingo (12) com a presença do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

Para Marinho, a atual taxa de juros mais alta é comum em outros países e um reflexo das medidas adotadas durante a pandemia. “Essa pandemia que assolou o mundo determinou que várias economias tomassem medidas anticíclicas que afetaram muito os seus endividamentos internos e geraram um processo inflacionário de uma oferta excessiva de liquidez”, afirmou.

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Já Farias argumenta que a independência do Banco Central não significa “imunidade à questionamentos”. O deputado comparou a taxa de juros do Brasil com o indicador em outros países e criticou os impactos gerados no crescimento econômico.

“O BC tem de controlar a inflação, mas tem um ponto que é a geração de empregos, o crescimento econômico. Isso é muito importante, pois a economia está desacelerando. A previsão de crescimento para este ano, segundo o boletim Focus, é de 0,79%. É por isso que o Lula está lutando contra os juros, essa taxa de juros trava a economia”, disse.

Confira o debate completo no vídeo acima.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rogério Marinho e Lindbergh Farias debatem independência do BC no site CNN Brasil.

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