O presidente da Anatel, Carlos Baigorri (foto acima) defendeu na manhã desta sexta-feira, 16, que a agência garanta ambiente competitivo que facilite o sucesso de operadoras móveis entrantes no mercado brasileiro.

Ao participar de evento promovido pela consultoria PwC, Baigorri disse: “Tivemos quatro entrantes no último leilão de espectro, Brisanet, Unifique, Cloud2u, Winity. Parte são empresas de fibra, e sabemos que as estratégias em fibra são muito diferente das estratégias em telefonia móvel. Então o principal foco da Anatel é fazer com que esses operadores consigam se lançar e se tornarem viáveis [no mercado móvel]. Vemos que eles ainda têm uma longa trajetória para concorrer no mercado com os players estabelecidos ao longo dos anos”, disse.

Baigorri não disse exatamente de que forma a Anatel pode agir para tornar o mercado móvel menos hostil a novos players. Mas comentou que o mercado secundário de espectro pode se tornar um ambiente catalisador de projetos móveis.

“O mercado de espectro nunca esteve tão concentrado, e já vemos acordos sendo firmados. O acordo entre Winity e Vivo, por exemplo. É algo que vamos ter que avaliar. Tem previsão legal, eles submeteram pedido para avaliação ainda. Mas, sobre o mercado secundário, ele torna o espectro um ativo que pode ser transacionado de forma que seja alocado da maneira mais eficiente possível”, acrescentou.

Antenas

Baigorri repisou o desafio que as compradoras da faixa de 26 GHz enfrentam para instalar antenas nas cidades brasileiras. Ressaltou que por isso é preciso conter expectativas sobre o uso dessa faixa.

“Importante manter o pé no chão e saber que existem muitos desafios. As legislações municipais relacionadas à instalação de antenas são um deles. As antenas de 26 GHz cobrem áreas muito pequenas. E tem que ter muitas antenas para viabilizar casos de uso de carro autônomo, por exemplo”, falou.

Abertura maior que na China

Baigorri também defendeu que o Brasil se torne um laboratório para o desenvolvimento de soluções 5G no padrão Standalone. Ele afirmou que o país terá a segunda maior rede 5G SA do mundo, atrás apenas da China.

“Nossa abertura comercial, embora precise melhorar muito… somos mais abertos do que eles. Isso representa uma grande oportunidade. O Brasil está desenvolvendo vocação para ser o grande laboratório para desenvolvimento das aplicações que vão rodar sobre o 5G, por ser uma economia mais aberta que a da china. Oportunidade para empresas, laboratórios, institutos de pesquisa, academia”, falou.

O evento foi online e Baigorri deixou o painel antes do fim, sem responder a perguntas da plateia.

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